A Associação Empresarial do Vale do Homem (AEVH) mostra-se chocada com a exclusão do Vale do Homem no Plano de Recuperação e Resiliência colocado pelo Governo de Portugal a consulta pública. Os grandes investimentos estruturantes que permitiriam ao território alavancar a sua competitividade e gerar novas dinâmicas económicas ficam, mais uma vez, adiadas? «Certamente, houve esquecimento do Governo, pelo que vamos tentar sensibilizar para a necessidade da concretização urgente de investimentos considerados fundamentais para os Concelhos de Amares, Terras de Bouro e Vila Verde», assegura o presidente da AEVH, José Manuel Lopes.
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Entre os investimentos prioritários identificados pelos três municípios estão a construção das Variantes a Vila Verde e à EN 205, uma nova travessia no Cávado a ligar às principais áreas industriais/empresariais de Amares e Braga, a construção da Via Intermunicipal Homem-Lima (Ponte de Lima – Vila Verde – Terras de Bouro), as grandes redes de abastecimento de água e saneamento e a valorização de acessos e outros equipamentos de apoios às diferentes zonas industriais/empresariais dos três concelhos.
Na óptica do Presidente da AEVH, José Manuel Lopes, estas vias revelam-se fundamentais para a captação de novos investimentos e para o reforço da atractividade e da competitividade de todo o território.
O presidente da maior estrutura representativa do tecido empresarial do Vale do Homem salienta que «a não inclusão destes investimentos estruturantes acentuará os desequilíbrios entre os grandes centros urbanos e os territórios “periféricos”. Se persistir em não incluir os investimentos referidos, o Governo voltará a adiar o crescimento económico do Vale do Homem».
José Manuel Lopes reitera que a concretização dos investimentos mencionados reafirmará o crescimento e desenvolvimento das áreas de acolhimento empresariais e melhorarão consideravelmente a acessibilidade e a mobilidade em todo o Vale do Homem, na sua articulação com espaços industriais em grande desenvolvimento».
Vinca mesmo que, «pela análise da realidade actual e na perspectiva do desenvolvimento futuro, destaco o prolongamento para oeste da Variante à EN 205 requerida por Vila Verde, uma vez que apresentar-se-ia como uma via de possível articulação com a A3, no concelho de Barcelos, através da criação de um nó na freguesia da Lama, que serviria parte do concelho de Barcelos e os municípios de Vila Verde, Amares e Terras de Bouro, assegurando uma acessibilidade direta e rápida à rede rodoviária fundamental nacional».
Embora preocupado por ver a exclusão do Vale do Homem no referido Plano, José Manuel Lopes acredita que «haverá sensibilidade do Governo para perceber a importância da inclusão destes destes investimentos estruturantes. Só assim será possível lançar as bases para diminuir as assimetrias locais e regionais, única forma de se ultrapassar uma certa lateralidade deste território relativamente aos grandes centros urbanos e regiões confinantes. Estes investimentos são um passo decisivo para promover a fixação de pessoas e empresas, contribuindo para a revitalização económica, nesta área geográfica, sob pena de se hipotecar o futuro do Vale do Homem e do território em que se integra».
A AEVH solicita a intervenção activa do tecido empresarial do Vale do Homem no sentido de sensibilizar o Governo para estas matérias em concreto, fazendo opinião junto do espaço de consulta pública disponibilizado no link abaixo mencionado:
https://www.consultalex.gov.pt/ConsultaPublica_Detail.aspx?Consulta_Id=183
Vila Verde, 18 de fevereiro de 2021